O Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região realizou na manhã desta quarta-feira (01) sessão para julgar o dissídio coletivo instaurado pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí - SIMEPI contra a EBSERH, empresa que gerencia o Hospital Universitário.

 

A sessão presidida pelo desembargador Francisco Meton teve votos da maioria dos desembargadores favoráveis, aprovando a rejeição das preliminares do processo, para que sejam discutidos todos os itens trabalhistas elencados na ação ingressada pelo SIMEPI.

 

Para a assessoria jurídica do SIMEPI essa etapa foi uma grande conquista. “Hoje tivemos uma grande vitória. Ficou claro que as negociações com a EBSERH devem ser feitas em cada Estado e respeitando o Sindicato dos Médicos, que representa os médicos do HU”, destacou a advogada Isadora Santos. 

 

Já o médico George Almeida que é funcionário do hospital, acredita que a luta do SIMEPI contra a EBSERH é uma vitória para a categoria baseada somente em verdades. “Ficamos muito felizes com o papel que o SIMEPI desempenhou na defesa dos médicos do HU. Ficamos também satisfeitos por entender que é o começo de uma luta, mas uma luta baseada somente em verdade” disse Almeida.

 

Dra. Yascara Pinheiro achou a decisão justa já que as demandas dos médicos do hospital são locais. “Achei a decisão justa! Nós estamos lá há muito tempo para colocar o hospital para funcionar. Com o julgamento sendo realizado no Piauí, isso só vai fazer com que as coisas se resolvam mais rápido” destacou a médica.

 

O Piauí é o primeiro Estado do Brasil a realizar um dissídio coletivo contra a EBSERH e envolvendo médicos, o que vai servir de precedentes para o restante do país. “Foi uma vitória do Piauí, do Nordeste e do Brasil. É complicada essa situação da EBSERH e nós temos que matar na nascente. O primeiro dissídio coletivo tem que ser feito aqui mesmo no Piauí, já que foi aqui o primeiro hospital que a EBSERH passou a gerenciar” ressaltou o presidente da FENOMED, José Meneses.

 

Para a presidente do SIMEPI, Lúcia Santos o julgamento do TRT ficará marcado na história, do trabalhador médico não só do Piauí, mas do Brasil. “A tentativa de se colocar a EBSERH administrando Hospitais Universitários públicos achando que dessa forma iria, por ser uma empresa criada pelo governo federal, burlar os direitos trabalhistas dos médicos recebeu uma derrota hoje. Continuaremos lutando pela autonomia do Sindicato dos Médicos do Piauí e de seus representados e garantir que se resguardem os direitos da classe” pontuou a presidente.

 

 

Dra. Lúcia destacou ainda a posição de vanguarda que o TRT do Piauí tomou, sensibilizando-se da importância que esse dissídio vai ter para os trabalhadores médicos do Piauí e para os pacientes usuários do SUS, trazendo para si a decisão de julgar os direitos trabalhistas dos médicos do Piauí aqui mesmo no Estado.