A pedido da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), intermedia a interlocução com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para o retorno da gratificação dos médicos federais, extinta em 2012. Para que o valor seja incluído no orçamento de 2015, a proposta deve ser apresentada no Congresso Nacional até o final do mês. Os representantes da FENAM estiveram com o parlamentar na noite desta quarta-feira (06), em seu gabinete, e voltaram a se encontrar hoje (07), em sua residência.

 

Na reunião esta manhã, Henrique Alves telefonou para a ministra do MPOG, Miriam Belchior, explicando a situação gerada pelo fim gratificação. Ela afirmou que estava ciente da questão e se comprometeu a analisar o caso com o secretário de Recursos Humanos do ministério, Sérgio Mendonça. Enquanto a FENAM aguarda uma posição da ministra, também procurará apoio junto ao líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e o líder do PT na casa, Arlindo Chinaglia (SP), para solicitar a elaboração de emendas parlamentares, caso o governo não apresente proposta.

 

A FENAM esteve, no mês passado, com o presidente da Câmara, que se prontificou a ajudar na correção do pagamento que causou o prejuízo de aproximadamente R$ 1,3 mil nos contracheques dos médicos federais. Ele lembrou que “o momento é péssimo para qualquer atrito com a categoria”. Na ocasião, ele ainda ligou para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, para tratar do pleito.

 

O esforço da FENAM iniciou em 2012, com a publicação da Medida Provisória 568/2012, hoje convertida na Lei 12.702/2012. A categoria também reivindica melhores condições de trabalho, solução para a crise nos hospitais federais, fim da privatização da saúde e concurso público.