“Encontro FENAM de Mulheres Médicas do Brasil” é coordenado por Lúcia Santos
A Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), Dra Lúcia Santos, coordenou o “Encontro FENAM de Mulheres Médicas do Brasil”, promovido pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM). Na oportunidade houve a discussão sobre a participação da mulher na sociedade brasileira, especialmente em relação à violência, a discriminação e o assédio moral contra a mulher no local de trabalho, os direitos humanos, a vulnerabilidade na profissão.
A coordenadora do evento, Lúcia Santos, destacou a pluralidade de eventos discutidos no “Encontro FENAM de Mulheres Médicas do Brasil”. “Neste evento mulheres, administradoras, advogadas, promotoras, engenheiras, nutricionistas, odontólogos debateram temas relevantes como a violência contra a mulher no trabalho e o empoderamento da mulher na política”, enfatizou a presidente do Simepi. A Conferência de abertura contou com a participação de Lejeune Mirhan, sociólogo e escritor que abordou a participação da mulher na política e cargos de confiança. A Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ana Maria Costa, também pediu mais igualdade e mais direitos na profissão médica ao tratar da discriminação por conta da maternidade. Durante a mesa “Violência contra a mulher médica”, a diretora do Sindicato dos Médicos da Bahia, Débora Angeli, trouxe comoção ao público ao expor depoimentos de mulheres médicas peritas do INSS que sofrem diariamente violência no local de trabalho. “Nós colhemos as falas de forma anônima, pois essas profissionais sofrem ameaças de violência física e pediram socorro ao Sindicato. Não há segurança e, quando existe, é insuficiente. Essa vulnerabilidade da médica desencadeia estresse, sofrimento, ansiedade e depressão”, afirmou a diretora. Sobre o tema “Direitos Humanos” a advogada da União, Aline Albuquerque, alertou para o fato de que a população responsabiliza o profissional de saúde pelas falhas e pela precariedade no atendimento público, e não o gestor. “A situação de impotência diante da falta de condições de trabalho gera frustração e adoecimento na vida do profissional médico. Precisamos cobrar responsabilidades”, afirmou a advogada. Na última mesa do Encontro sobre o “Empoderamento da Mulher na Sociedade”, a doutora em antropologia social pela UnB, Roberta Salgueiro, destacou o papel das mulheres nas equipes médicas. “Elas estão mais preocupadas com as condições de trabalho, estrutura do local, elas reclamam e pleiteiam”, disse. Confira a programação completa abaixo: Encontro FENAM de Mulheres Médicas do Brasil 14h: Composição de mesa e solenidade de abertura 14h30: Conferência de abertura: Análise crítica da mulher na sociedade brasileira 15h: Mesa Redonda: "A Violência Contra a Mulher Médica no Trabalho" Subtemas: “Violência Física, Trabalhista, Assédio Moral e Direitos Humanos” 15h05 - Filme sobre a Violência contra a Mulher Médica 15h20 - Palestra “Violência no trabalho” 15h40 - Palestra “Assédio Moral” 16h - Palestra “Direitos Humanos” 16h20 - Debates 17h Mesa Redonda: "O Empoderamento da Mulher na Sociedade" 17h05 - Palestra “A Feminização da Medicina” 17h25 - Palestra “A Mulher na Política” 17h45 - Palestra “O Poder da Mulher na Sociedade Brasileira: Cotas? Humilhação ou reparação?” 18h05 - Palestra "Empoderamento da Mulher - caminhos a trilhar” 18h35: Debates 19h30: Encerramento