Médicos fazem paralisação contra planos de saúde
O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí, o Conselho Regional de Medicina e Associação Piauiense de Medicina realizaram no dia 25 de abril, o Movimento Nacional de Alerta aos Planos de Saúde.
No Piauí, neste dia, foi suspenso o atendimento eletivo de todos os planos de saúde. A categoria se reuniu na sede do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí - SIMEPI.
Dr. Samuel Rego, presidente da Comissão de Honorários Médicos do Piauí, afirmou que a relação entre os profissionais e os planos de saúde é precária em Teresina. "Os pacientes chegam a esperar até três meses por uma consulta. Outro ponto são os reajustes que são repassados aos usuários dos planos, que não chegam aos médicos", destacou.
Dr. Renato Leal defendeu a paralisação e explicou os principais motivos para o movimento: " Nós queremos um reajuste de consultas e procedimentos. Além disso, queremos que as operadores revejam os critérios de descredenciamento dos profissionais", afirmou o representante da categoria.
Para o vice-presidente do SIMEPI, Dr. Emmanuel Fontes, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), deve fazer regulamentação desses convênios. “Alguns médicos chegam a não receber dos planos o procedimento que realizou; são as glosas. Essa é uma relação de trabalho que não existe em nenhuma outra categoria", disse Dr. Emmanuel.
As consultas e procedimentos que estavam marcados para o dia 25 foram remarcados e o atendimento foi mantido apenas nos casos de urgência e emergência.
O Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde integra estratégia da luta por honorários dignos, pautados em reivindicações aprovadas durante reunião da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (COMSU), quais sejam:
1- Reajuste das consultas, a partir de critérios a serem definidos em cada Estado, tendo como referência a CBHPM em vigor (R$ 67,82 em 2012);
2- Reajuste dos procedimentos, tendo como balizador a CBHPM em vigor (2012);
3- Por uma nova contratualização, baseada na proposta das entidades médicas nacionais;
4- Re-hierarquização dos procedimentos, feita com base na CBHPM;
5- Apoio ao Projeto de Lei 6.964/10, que trata da contratualização e da periodicidade de reajuste dos honorários pagos aos médicos.
Os cinco itens exprimem o histórico de lutas das entidades médicas por melhorias no setor. Além do reajuste adequado dos valores das consultas e procedimentos, intenta-se adotar um contrato universal entre operadoras e prestadores, de acordo com as proposições apresentadas à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
No que diz respeito à re-hierarquização, entendemos ser necessário dar início a estudos para implementação de nova hierarquização dos procedimentos médicos constantes da CBHPM, sob a supervisão das entidades médicas e controle da Associação Médica Brasileira (AMB).
Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí
Conselho Regional de Medicina
Associação Piauiense de Medicina