Médicos da rede estadual e municipal paralisam atividades a partir de segunda-feira (5)
Os médicos vinculados à Fundação Municipal de Saúde (FMS) e à Secretaria de Saúde do Estado (Sesapi) iniciam paralisação de cinco dias, a partir da próxima segunda-feira (5). A decisão foi tomada em Assembléia Geral realizada no último dia 7 de fevereiro na sede do Sindicato dos Médicos e prevê a adesão de toda a categoria. Os profissionais da rede estadual reivindicam reajuste salarial, em conformidade com a remuneração aprovada pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM) que estabelece piso no valor de R$ 9.188,22, cumprimento das Leis que tratam da Progressão da Carreira Médica e da insalubridade, que é paga de maneira ilegal. Hoje os médicos recebem o mesmo adicional de insalubridade no valor de R$ 400, o correto seria o pagamento que varia de 20% a 40% sobre o vencimento do médico. A baixa remuneração também é a realidade dos profissionais ligados à FMS, que sofrem com as péssimas condições de trabalho e comprometem a qualidade do atendimento oferecido à população. A mobilização reflete à falta de compromisso das autoridades com a área da saúde pública. Após diversas ações em busca de acordo e inúmeras tentativas dos profissionais em conseguir melhorias nas condições de trabalho nos hospitais públicos do Piauí, a categoria resolveu suspender todas as atividades eletivas, como cirurgias, exames, consultas ambulatoriais e atendimentos do Programa Saúde da Família (PSF). Apenas os casos de urgência e emergência serão atendidos para evitar prejuízos à população. O percentual de 30% dos serviços será mantido em funcionamento de acordo com o que é estabelecido por Lei. Durante esta semana, os médicos estão visitando os hospitais municipais e estaduais para convocar os profissionais para participarem da mobilização. Na segunda-feira (5), os médicos fazem concentração em frente ao ambulatório do Hospital Getúlio Vargas (HGV), a partir das 7h da manhã. Na quinta-feira (8), a concentração será feita em frente ao Hospital Lineu Araújo. A mobilização conta com o apoio do Sindicato dos Médicos do Piauí (SIMEPI), Conselho Regional de Medicina (CRM-PI) e Associação Piauiense de Medicina (Aspimed)