Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais terão piso de R$ 4,6 mil
Uma medida que valoriza essas duas profissões e motiva a formação de mais profissionais. O relator do projeto é o deputado Paulo César (PR-RJ). A proposta passará pela Comissão de Finanças e a de Constituição e Justiça e sendo aprovada, não precisará ir a plenário. Para os profissionais da Fisioterapia, a novidade se soma a outras vantagens em se formar nessa área da saúde. O campo de trabalho está em crescimento, cada vez mais vagas em concursos são abertas e o fisioterapeuta pode se especializar em uma das cerca de 10 especializações da área, como Acupuntura, Fisioterapia Dermatofuncional, Esportiva, do Trabalho, Neurofuncional, entre outras. “No Estado, por exemplo, no último concurso realizado pela Fundação Hospitalar de Saúde, cerca de 80 profissionais foram chamados”, diz o coordenador do curso de Fisioterapia da Universidade Tiradentes – Unit –,Carlos José Oliveira de Matos. Para a coordenadora-adjunta do curso de Fisioterapia da Unit, professora Rosemeire Dantas de Almeida, a proposta de lei reforça a importância que esses profissionais que trabalham para reabilitar seus pacientes vêm adquirindo nos últimos anos. “Representa a valorização e o reconhecimento da profissão que hoje é indispensável em qualquer serviço de saúde tanto na prevenção como na recuperação”, diz ela. “A profissão até então não tinha piso salarial estabelecido. A medida demonstra a importância do exercício profissional do fisioterapeuta junto com a equipe multidisciplinar de atenção à saúde”, acrescenta Carlos José. Com o estabelecimento do piso salarial, haverá toda uma reestruturação. “Os serviços público federal, estadual, municipal e particular têm que se adequar a esse projeto”, diz Rosemeire Dantas. “Somos apenas 700 profissionais para 1 milhão e 500 mil habitantes em Sergipe. O campo de trabalho está carente de fisioterapeutas. Vale ressaltar que esse déficit é maior no interior, onde há ainda mais espaço de trabalho. Paralelo ao estabelecimento do piso saiu uma resolução do Conselho Federal que limita a quantidade de pacientes atendidos por hora, o que obrigará todos os serviços a contratarem desde já mais profissionais”.