As entidades médicas nacionais lutaram durante alguns anos para que o governo providenciasse uma forma de os médicos poderem garantir o seu desligamento de empregos registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). E conseguiram. O desligamento do CNES pelo próprio médico é, hoje, uma realidade.

  Durante anos, maus prefeitos mantinham os nomes dos médicos no CNES mesmo após terem saído do emprego em equipes de saúde da família. Mantinham o nome do médico para não perder os recursos financeiros oriundos do Ministério da Saúde. Recentemente, com a exigência de que os médicos tenham no máximo 5 vínculos no CNES, a bomba estourou. A mídia chegou a estampar nome de médicos que tinham 9, 10 vínculos diferentes. Na verdade eram registros de empregos que estes médicos tinham saído há tempos. O que, inicialmente, parecia ruim para a categoria (limitação de registros) mostrou-se altamente positivo.   As entidades médicas pressionaram o Ministério da Saúde demonstrando a prática generalizada por parte das prefeituras de “esquecer” de retirar o nome no médico do CNES. Exigiu-se que o próprio médico tivesse a autonomia para fazer isto sem precisar de burocracia. Pela internet. O Ministério da Saúde aquiesceu e viabilizou a ferramenta.   Para sair do CNES basta o médico ir até o site do CNES no DATASUS, clicar na aba “CONSULTAS” e, em seguida, clicar em “solicitação de desligamento pelo profissional” e seguir as instruções. Um e-mail será encaminhado para o endereço fornecido pelo médico com um link para confirmar o desligamento. Confirme e pronto.