O presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d’Avila, comemorou a eleição de um brasileiro para dirigir a Associação Médica Mundial, ocorrida em 16 de outubro, durante a Assembléia Geral da entidade, realizada em Vancouver, Canadá. Na avaliação dele, a escolha de José Luiz Gomes do Amaral, atual presidente da Associação Médica Brasileira, é uma conquista para a Nação: “essa decisão reforça o espaço do Brasil no cenário médico internacional e valoriza posições defendidas pelo país, como a exclusividade dos atos de prescrição e do diagnóstico pelos profissionais da Medicina”, ressaltou.
 
O CFM acompanhou de perto o processo que culminou na confirmação de Amaral no posto. Um grupo de conselheiros participou da Assembléia Geral, onde integraram a comitiva nacional. O Brasil possui direito a 11 votos na reunião, sendo a terceira maior delegação, atrás apenas do Japão (15 votos) e Estados Unidos (13). “Nos orgulhamos de termos sido parceiros neste esforço que trouxe reconhecimento à Medicina brasileira. Historicamente, temos contribuído com a Associação Médica Mundial e continuaremos por entendermos que se trata de fórum privilegiado da nossa categoria”, pontuou d’Avila.
 
Na Associação Médica Mundial, além de ter assentos na bancada do Brasil que participa da Assembléia Geral, o CFM participa – por meio de seu presidente de dois comitês importantes e estratégicos: no de Ética Médica e no de Finanças e Planejamento. Nestes dois espaços de debate, o único representante brasileiro é o dirigente do CFM. O país também integra o Comitê de Assuntos Médicos-Sociais, representado por José Luiz Gomes do Amaral. 


 
Pauta da reunião 

O ponto de destaque do encontro foi  a decisão de manter a frase ”o direito de prescrever medicamentos deve ser responsabilidade apenas do médico” em documentos da Associação Médica Mundial. O CFM participou do debate e defendeu a tese vencedora, que era questionada por outros países favoráveis à flexibilização da norma.
 
Outros pontos que constaram da agenda da reunião foram a situação dos transplantes de órgãos na China; a criação de um grupo para discutir o problema do comércio de órgãos e tecidos para transplantes; e a situação dos direitos humanos em diferentes pontos do mundo. 
 
Também foi formado grupo para avaliar a participação dos médicos em situações emergenciais (catástrofes). Durante a Assembléia Geral,  também se aprovou a inclusão de Moçambique e da Servia como novos membros na Associação Médica Mundial.  A próxima reunião do Conselho da Associação Médica Mundial – do qual fazem parte Roberto d’Avila e José Luiz Gomes do Amaral - será em Sidnei, na Austrália, em abril.