Diretor do CFM critica a política pública de saúde mental
Para o 3º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Emanuel Fortes, a política pública na saúde mental apresenta “uma absurda incongruência de leis e portarias ministeriais”. O diretor da entidade ainda afirmou que: “as leis brasileiras não foram respeitadas. As portarias ministeriais são nocivas ao trabalho do médico e a qualidade da assistência da população”. Esta avaliação foi apresentada durante a 8ª Sessão Plenária Ordinária do CFM realizada no dia 07 de outubro. Segundo Fortes, o Ministério da Saúde destruiu tudo que a lei preconizou na saúde mental. “Os médicos estão sempre abdicando seus poderes e competência. É preciso reagir. A Medicina detêm de autoridade e o profissional precisa assumir seu papel legítimo”, apontou o 3º vice-presidente do CFM. De acordo com Fortes, que também é coordenador da Câmara Técnica de Psiquiatria, a atividade na saúde mental deve ser coordenada por um profissional médico. “É necessário ter um médico na administração dos estabelecimentos aonde se presta atendimento dos doentes mentais. Ainda a garantia da presença do médico na assistência direta dos pacientes. Só assim poderemos preservar a segurança da assistência das pessoas portadoras de doença mental, assegurando a melhor forma de assistência e direitos enquanto cidadão”.