No mês de outubro, em que se comemora o Dia do Médico, profissionais de todo o país pretendem estar em Brasília, no dia 26, quando está prevista uma mobilização nacional durante a qual as lideranças das entidades apresentarão aos gestores, aos tomadores de decisão e à sociedade brasileira a pauta mínima de reivindicações para garantir à população assistência adequada e ao profissional condições de exercer a medicina com dignidade.    Para o 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá, a saúde tem que ser prioridade de qualquer governo. “Nós [médicos brasileiros] colocaremos para a sociedade e autoridades mais amplamente nossas preocupações em relação à situação dos médicos e ao atendimento da saúde no país. A saúde é a principal preocupação dos brasileiros, segundo todas as pesquisas. Vamos dar ao tema o eco necessário para que entre definitivamente na pauta dos governos atuais e futuros".   A comissão organizadora, formada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam), se reuniu em 16 de setembro para definir as atividades. A proposta é agendar reunião com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, simbolizando o Poder Executivo, na data da mobilização.    Na oportunidade, os médicos exporão as preocupações da categoria. A seguir, no mesmo dia, pretendem realizar  uma caminhada em direção ao Congresso Nacional, culminando com um ato público no local com a participação de líderes partidários. Os detalhes da mobilização serão disponibilizados nos sites das entidades médicas nacionais.    A mobilização nacional alicerça as deliberações do XII Enem e deve abraçar os pontos constantes do relatório final daquele fórum. Antes de 26 de outubro devem ocorrer outras atividades no âmbito dos Estados, por meio das entidades locais (conselhos regionais, sindicatos e associações médicas). A meta é ampliar ao máximo a caixa de repercussão da pauta médica, inserindo a categoria no debate sobre as questões relacionadas à assistência.    Para Renato Azevedo Júnior, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), com as atividades apoiadas pela AMB, CFM e Fenam, os profissionais reforçam a luta: “é chegada a hora de os médicos se mobilizarem, com os demais setores da sociedade, em defesa da valorização da assistência médica”.