Representante do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí e da Sociedade de Cardiologia do Estado do Piauí foram recebidos pela diretora do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí – IASPI SAÚDE, Daniele Amorim Aita. Na pauta da reunião, o reajuste na tabela de preços de exames realizados pelos cardiologistas conveniados ao IASPI Saúde.

Estiveram presentes na reunião presidente do SIMEPI Dr. Samuel Rêgo; o diretor do SIMEPI, Dr. Dr. Valrian Feitosa; o assessor jurídico da entidade, Pablo Forlan e, ainda, os cardiologistas, Dr. José Lira e Dr. Wildson Gonçalves, membros da diretoria da SBC/PI.

O diretor do Simepi, Valrian Feitosa, deu início à reunião apresentando a pauta da cardiologia piauiense, mas frisou que a questão da defasagem no valor pagos por consultas e procedimentos não é um problema que atinge apenas a cardiologia, mas que se aplica a todas as especialidades conveniadas ao IASPI Saúde. Os cardiologistas pleiteiam junto ao IASPI Saúde o reajuste de alguns exames realizados pelas clínicas conveniadas. O cardiologista Wildson Gonçalves apresentou à diretora do IASPI SAÚDE uma planilha com os procedimentos que precisam ter seu valor reajustado. “O que nós percebemos que o valor hoje pago por alguns exames inviabiliza a sua execução e torna impraticável o atendimento dos pacientes IASPI Saúde pelas clínicas. Neste período em que estamos sem reajuste em nossa tabela, o salário mínimo foi reajustado em quase 20%; a inflação está beirando os 17%; e o dólar, moeda na qual compramos nossos insumos, subiu mais de 70%”, explicou o médico.

Os cardiologistas também reivindicaram a mudança no modo como O IASPI SAÚDE exige a comprovação dos exames por seus segurados. “Hoje realizamos exames em que precisamos imprimir 40 páginas, sendo 20 para o paciente e 20 para comprovar a realização do exame aqui no IASPI SAÚDE. Tudo isso envolve custo de papel, tinta e pessoal dentro das clínicas”, o Dr. José Lira Filho, diretor de qualidade assistencial da SBC/PI.

Daniela Aita, diretora do IASPI SAÚDE, respondeu a alguns dos questionamentos dos médicos, mas reiterou que o orçamento do IASPI Saúde é limitado, devido ao modelo de adesão empregado pelo Governo do Estado. No entanto, a gestora ressaltou que trabalha num projeto, que será apresentado do governador Wellington Dias, com o objetivo de aumentar o orçamento da entidade.

Quanto à solicitação de reajuste, a gestora solicitou dos membros da Sociedade Brasileiro de Cardiologia, no Piauí, que apresentem uma proposta formal ao órgão, para que juntos possam realizar uma mesa de negociação para definir os procedimentos que serão reajustados, bem como os respectivos índices de reajuste.

O SIMEPI, que intermediou a reunião entre os representantes da Cardiologia e o IASPI SAÚDE fez algumas críticas à lentidão do órgão. “Desde 2015 ouvimos essa justificativa da falta de orçamento. Enquanto o IASPI SAÚDE não resolver essa problemática os médicos continuarão sendo a parte prejudicada nesta relação. Cabe ao governador resolver essa questão, porque o sistema corre o risco de colapsar deixando segurados sem atendimentos e as clínicas e hospitais sem parte do recurso que precisam para manter essas empresas abertas”, enfatizou Samuel Rêgo, presidente do SIMEPI.