Médicos solicitam abertura imediata do Pronto Socorro Municipal
Em assembléia geral realizada no último dia 13 de março, os médicos decidiram encaminhar um documento ao Ministério Público solicitando a imediata abertura do Pronto Socorro Municipal, mas com a garantia de que a unidade de saúde terá condições estruturais de atender à demanda de pacientes. A categoria teme que o novo hospital possa vir a ser o que é hoje o Pronto Socorro do Hospital Getúlio Vargas.
Na ocasião, a Vice-presidente do Sindicato dos Médicos, Drª Lúcia Santos, afirmou que é preciso garantir que o hospital terá condições de oferecer um atendimento digno à população, não só em termo de infra-estrutura, mas também de equipamentos. "A categoria médica tem tanto interesse na abertura desse hospital quanto a população que sofre com a precariedade do sistema público de saúde do estado. Nenhum médico quer ter que atender paciente no corredor e sem a menor condição", declarou.
No entanto, o corpo médico da nova unidade ainda representa um impasse para a inauguração do hospital, para o qual devem ser contratados servidores médicos cedidos pela Secretaria Estadual de Saúde, que temem perder direitos conquistados pela Carreira Médica do Estado. "Quem for transferido perderá gratificações de urgência e emergência. Se ficar decidido que a Prefeitura pagará o salário e que as gratificações serão pagas pelo Estado, os aposentados perderão as gratificações quando se aposentarem, por isso a categoria deve recusar essa proposta", esclareceu o assessor jurídico do SIMEPI, Dr. Cleiton Loiola.
Uma forma de resolver a questão seria a aprovação do Plano de Carreira Médica do Município, tomando como base o plano aprovado pelo Governo do Estado em outubro do ano passado. A medida está em negociação entre a entidade e o executivo.
A assembléia contou com a participação do atual Diretor Geral do HGV, Dr. Noé Fortes, e do futuro Diretor do Pronto Socorro Municipal, Dr. Gilberto Brito. A próxima assembléia, prevista para a próxima semana, deverá reunir os Secretários de Saúde e de Administração do Estado, bem como o atual presidente da Fundação Municipal de Saúde, para que o impasse seja resolvido.