Os médicos servidores públicos de Teresina paralisaram suas atividades nesta quarta-feira (13), resguardando apenas os atendimentos de urgência e emergência. Dando continuidade ao movimento, a diretoria do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí realizou uma fiscalização no Hospital Municipal Dr. Alberto Neto, no bairro Itararé, região do Grande Dirceu.

De acordo com Samuel Rêgo, presidente do SIMEPI, há diversos pontos frágeis da Fundação Municipal de Saúde (FMS) em toda a rede de saúde pública em Teresina. “Em todos os hospitais as queixas são as mesmas: Sobrecarga de trabalho, pois tem profissional exercendo a função de três; Falta de medicamentos essenciais para o dia-a-dia do hospital; Equipamentos sem funcionar. São falhas que precisam de um grande esforço dos gestores”, comentou.

O SIMEPI esteve reunido com Eny Marcos Vieira Pontes, Promotor de Justiça do Ministério Público do Piauí, no dia 12 de junho, apresentando as denúncias que vêm sendo feitas pelos médicos. O mesmo já impetrou ações civis públicas contra a FMS para a melhoria de diversos pontos nos hospitais de bairro e no Hospital de Urgência de Teresina.

“Infelizmente os gestores se mantém inflexíveis em relação ao que estamos denunciando. Não estamos observando, até o momento, um movimento para tentar amenizar esses problemas. Nossa população está padecendo, os profissionais estão trabalhando em condições insalubres e os órgãos fiscalizadores continuarão enquanto essa situação permancer”, completou Samuel Rêgo.

A categoria médica irá se reunir em uma Assembleia Geral Extraordinária nesta quinta-feira, dia 14 de junho, no auditório do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí, a partir das 20h, para analisar a paralisação e definir os novos rumos do movimento.