Após assembleia, médicos suspendem atendimentos e procedimentos via IPMT / PLANTE
O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) realizou Assembleia Extraordinária na última terça-feira (16) para tratar sobre os abusos cometidos pelo IPMT / PLANTE contra os médicos com indicativo de paralisação. Após a votação, a categoria médica decidiu por unanimidade suspender os atendimentos e realização de procedimentos por meio desses planos no período de 22 a 26 de janeiro de 2018, salvo os casos de urgência e emergência. Entre as reivindicações da categoria estão a ausência de contrato formal entre o IPMT e o médico prestador; exigência de constituir Pessoa Jurídica para que o médico se credencie aos planos; atrasos nos pagamentos, que chegam a demorar de três a cinco meses para serem efetuados, pois não existe justificativa para tal, já que não existe inadimplência por parte dos servidores, pois o desconto direto é direto no contracheque. Vale destacar ainda a defasagem nos valores dos procedimentos, pois a tabela utilizada está com mais de 12 anos de atraso. Além disso, os valores dos procedimentos realizados são recebidos via hospital, quando deveriam ser pagos diretamente na conta do médico prestador; glosas indevidas de procedimentos realizados sem justificativas; burocracias excessivas e criando dificuldades no uso do programa de atendimento do IPMT Saúde; parametrização (diminuição e limitação da quantidade e tipos de exames que determinada especialidade médica pode solicitar dos planos de saúde) com evidente prejuízos à boa prática da Medicina e à saúde dos pacientes usuários desses planos de saúde. “Há muito tempo estamos tentando negociar com o presidente desses planos e ele nunca nos atendeu. É histórico a defasagem nos valores repassado aos médicos. Autorizar as consultas e procedimentos no sistema e, depois de meses de atraso, cometerem glosas médicas é ilegal, um verdadeiro absurdo. Se os usuários, que tem o desconto praticado nos seus contracheques, ainda estão sendo atendidos nos consultórios dos médicos credenciados é porquê o profissional tem respeito por esses, o que o presidente do IPMT não tem pela nossa categoria”, comenta Lúcia Santos, diretora do SIMEPI e da Federação Nacional dos Médicos (FENAM). Para Samuel Rêgo, presidente do SIMEPI, existe uma insatisfação muito grande por parte dos médicos que prestam serviços ao IPMT / PLANTE por conta de ações que dificultam, encarecem e burocratizam o trabalho. “Há tempos que não temos reajuste de consultas e procedimentos, os honorários estão muito defasados e por isso estamos atendendo o anseio da categoria. Estamos insistindo na abertura de um canal de comunicação para resolver esses impasses”, conclui.