Em assembleia, médicos discutem precarização da saúde, irregularidades cometidas contra o servidor médico e, por isso, possibilidade de paralisação
Médicos do estado estiveram reunidos em assembleia na noite de ontem (19), no auditório do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), para discutir irregularidades apontadas pela categoria e as situações impostas pelo Governo do Estado, que se nega a qualquer negociação.
Entre as reivindicações da categoria médica, o piso salarial estipulado pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM), a progressão automática na carreira, a realização de novos concursos públicos, pois os médicos assumem, diariamente, a carga de trabalho de dois ou mais profissionais, e o ponto eletrônico em conformidade com os direitos trabalhistas. Lúcia Santos, diretora do SIMEPI e da FENAM, é enfática ao afirmar que os médicos não devem aceitar a precarização do trabalho. “O Secretário de Administração, Franzé, está querendo impor um ponto eletrônico irregular, que não respeita as especificidades do médico, não apresenta relatórios diários, não respeita banco de horas e nem as horas extras. Fora isso, há uma série de reivindicações que ele se recusa a negociar”, comenta. O SIMEPI lembra que os médicos cumprem o ponto há muito tempo, mas ressalta a importância de que essa aferição seja feita de uma maneira que respeite as especificidades do trabalho médico. “Querem penalizar a classe e não deixaremos que façam economia às custas do nosso suor. Mantemos diariamente o bom serviço público, mesmo com as deficiências que nos deparamos”, declara Lúcia Santos sobre a precarização do trabalho médico.A classe médica voltará a se reunir no dia 02 de outubro em nova assembleia, com possibilidade de uma paralisação.