Reajuste de planos de saúde não são repassados para médicos
Os valores dos planos de saúde individuais e familiares podem sofrer um reajuste de até 13,37% em todo o país. A medida atinge cerca de 8,3 milhões de beneficiários vinculados aos planos contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98, de acordo com a Agência Nacional de Saúde. Segundo o Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí, os percentuais de reajuste não são repassados para os profissionais.
"Esse reajuste que é feito ao usuário não é repassado aos médicos. Nos últimos anos só conseguimos repasse parcial depois de muitas paralisações. Uma consulta está em torno de R$ 72 o valor bruto, mas quando se tiram os custos, fica em torno de R$ 35. Entre 2003 e 2013, houve um grande período sem repasses. Não houve uma mobilização da categoria na época e quando foi percebida essa defasagem ela já estava grande. No Piauí, o sindicato tem se empenhado em recuperar essas perdas, mas os planos de saúde tem um poder de negociação que dificulta esses reajustes", explica o vice-presidente do Simepi, Samuel Rêgo.
Por conta das dificuldades de reajustes nos valores das consultas, muitos profissionais tem se desligado de alguns planos de saúde, optando por atender aos pacientes de forma direta, melhorando, assim, a qualidade do serviço prestado. "Temos feito alguns movimentos, mas o fato é que hoje a grande maioria dos médicos que zelam por uma qualidade na sua consulta percebem que fica inviável atender por alguns planos de saúde. O grande problema é a massificação. Para ganhar valores irrisórios, você precisa aumentar a quantidade de pacientes e isso diminui a qualidade do serviço porque o paciente vai passar menos tempo dentro do consultório", afirma.
A ANS utilizou para calcular o índice máximo de reajuste anual dos planos individuais e familiares a mesma metodologia desde 2001, que leva em consideração a média dos percentuais de reajuste aplicados pelas operadoras aos contratos de planos coletivos com mais de 30 beneficiários.
Somente este ano, segundo dados da própria agência, os planos de saúde perderam 951 mil clientes. O setor reúne atualmente 48.490 milhões de beneficiários em planos de assistência médica. Isso representa uma queda de 12% ante a um total de 49,441 milhões de beneficiários em dezembro do ano passado.
"Esse reajuste que é feito ao usuário não é repassado aos médicos. Nos últimos anos só conseguimos repasse parcial depois de muitas paralisações. Uma consulta está em torno de R$ 72 o valor bruto, mas quando se tiram os custos, fica em torno de R$ 35. Entre 2003 e 2013, houve um grande período sem repasses. Não houve uma mobilização da categoria na época e quando foi percebida essa defasagem ela já estava grande. No Piauí, o sindicato tem se empenhado em recuperar essas perdas, mas os planos de saúde tem um poder de negociação que dificulta esses reajustes", explica o vice-presidente do Simepi, Samuel Rêgo.
Por conta das dificuldades de reajustes nos valores das consultas, muitos profissionais tem se desligado de alguns planos de saúde, optando por atender aos pacientes de forma direta, melhorando, assim, a qualidade do serviço prestado. "Temos feito alguns movimentos, mas o fato é que hoje a grande maioria dos médicos que zelam por uma qualidade na sua consulta percebem que fica inviável atender por alguns planos de saúde. O grande problema é a massificação. Para ganhar valores irrisórios, você precisa aumentar a quantidade de pacientes e isso diminui a qualidade do serviço porque o paciente vai passar menos tempo dentro do consultório", afirma.
A ANS utilizou para calcular o índice máximo de reajuste anual dos planos individuais e familiares a mesma metodologia desde 2001, que leva em consideração a média dos percentuais de reajuste aplicados pelas operadoras aos contratos de planos coletivos com mais de 30 beneficiários.
Somente este ano, segundo dados da própria agência, os planos de saúde perderam 951 mil clientes. O setor reúne atualmente 48.490 milhões de beneficiários em planos de assistência médica. Isso representa uma queda de 12% ante a um total de 49,441 milhões de beneficiários em dezembro do ano passado.