Foi realizada no dia (29) na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região, sessão que deu continuidade ao julgamento do Dissídio Coletivo instaurado pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí - SIMEPI contra a EBSERH, empresa que gerencia o Hospital Universitário – HU. 

Com os votos favoráveis dos desembargadores Manoel Edilson, Liana Chaib e Francisco Meton foi aprovada a implantação do piso salarial de R$ 10.991,12 para os médicos que trabalham no HU, tendo como referência o piso salarial estabelecido pela FENAM. 

De acordo com a presidente do SIMEPI, Lúcia Santos essa decisão é pioneira no Brasil por se tratar do primeiro Dissídio contra a empresa EBSERH. “Essa decisão hoje aqui no Piauí, abriu um precedente para todo o Brasil, o que representa um grande avanço, embora não seja o ideal ainda. Os médicos estão unidos em prol da sua profissão e não vão abrir mão de resgatar a sua dignidade médica” finalizou.

Para a assessoria jurídica do SIMEPI a vitória demostra a união e a preservação dos direitos da categoria. “A classe médica despertou, e não aceita mais ter seus direitos violados. Para isso e por isso, o SIMEPI se mantém firme na luta pelo direito de seus membros e associados, provando, a cada batalha, sua força e capacidade para tal” pontuou Gilvan Andrade, advogado.

“O SIMEPI conduziu a justiça do Piauí, por consequência a Brasileira, a decisão mais justa e relevante na esfera trabalhista para a categoria média nos últimos anos” destacou a advogada, Ana Carolina Igreja. 

Para a advogada, Isadora Santos a representatividade da categoria é de cada Sindicato e deve ser respeitada. “Tivemos uma grande vitória. Ficou claro que as negociações com a EBSERH devem ser feitas em cada Estado e respeitando o Sindicato dos Médicos, que representa os médicos do HU”, finalizou Santos.

Antes de chegar ao julgamento, outras quatro audiências foram realizadas, no dia 03/07/2014 foi tentado uma negociação.

No dia 01/10/2014 foi a primeira sessão do julgamento do dissídio, onde foram avaliadas as preliminares, ou seja, os pontos que devem ser vistos antes do julgamento.

Dia 12/01/2015 o processo foi retirado de pauta após pedido de vistas regimental do desembargador Manoel Edilson.